ATA DA NONAGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 27.06.1991.

 


Aos vinte e sete dias do mês de junho do ano de mil novecentos e noventa e um, reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Nonagésima Sessão Ordinária da Terceira Sessão Legislativa Ordinária da Décima Legislatura. Às quatorze horas e quinze minutos, constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou que fossem distribuídas em avulsos cópias da Ata da Octogésima Nona Sessão Ordinária, que deixou de ser votada face à inexistência de “quorum” deliberativo. À MESA, foram encaminhados: por Lideranças Partidárias, 01 Projeto de Lei do Legislativo de nº 146/91 (Processo nº 1714/91); pelo Vereador Antonio Hohlfeldt, 03 Pedidos de Providências; pelo Vereador Artur Zanella, 01 Projeto de Resolução de nº 026/91 (Processo nº 1688/91); pelo Vereador Cyro Martini, 02 Pedidos de Providências; pelo Vereador Clóvis Brum, 01 Projeto de Lei do Legislativo de nº 147/91 (Processo nº 1718/91); pelo Vereador Edi Morelli, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador João Dib, 01 Projeto de Lei do Legislativo de nº 142/91 (Processo nº 1664/91); pela Vereadora Letícia Arruda, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador Vieira da Cunha, 02 Pedidos de Providências; e pelo Vereador Wilson Santos, 03 Pedidos de Providências e 01 Indicação. Ainda, o Senhor Secretário apregoou Requerimento, do Vereador João Dib, solicitando que sejam reiterados ao Executivo Municipal os termos do Pedido de Informações nº 55/91. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofício de nº 330/91, do Senhor Prefeito Municipal; e Convite, da Academia Rio-Grandense de Letras. Após, o Senhor Presidente anunciou que o período de Comunicações da presente Sessão seria destinado a homenagear o Dia do Bombeiro, a Requerimento do Vereador Wilson Santos (Processo nº 1438/91) e solicitou aos Líderes de Bancadas que conduzissem ao Plenário as autoridades e personalidades convidadas, declarando suspensos os trabalhos por dois minutos para esse procedimento. Às quatorze horas e vinte e cinco minutos, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e anunciou que compunham a Mesa Vereadores Omar Ferri, Leão de Medeiros, Wilson Santos e Clóvis Ilgenfritz, respectivamente 2º Vice-Presidente no exercício da Presidência e 1º, 2º e 3º Secretários da Casa; e os Senhores Cel. PM Celso Souza Soares, Comandante do Corpo de Bombeiros; e 1º Tenente Daltro Cairuga. Em continuidade, o Senhor Presidente manifestou-se sobre a homenagem, expressando que este Legislativo sentia-se muito honrado na promoção desse evento, e anunciou os oradores que falariam em nome da Casa. O Vereador Wilson Santos, na condição de Autor da proposição que originou a solenidade e em nome das Bancadas dos Partidos Liberal, Democrático Social, Trabalhista Brasileiro, Comunista do Brasil e Socialista Brasileiro, referindo identificar-se com a segurança pública por ser oriundo da Brigada Militar, protestou pelo reconhecimento do valor da corporação dos bombeiros, ponderou sobre a realização da “Semana de Prevenção” e anunciou proposição de criação de Comissão Especial com o objetivo de conscientizar-se a municipalidade para contribuir com equipamentos para o Corpo de Bombeiros. O Vereador Artur Zanella, em nome da Bancada do Partido da Frente Liberal, mencionando proposições de criação de tributos para dotar o Corpo de Bombeiros de equipamentos, anunciou sua disposição de formalizar expediente para a obtenção desse objetivo. E rendeu homenagens ao Corpo de Bombeiros pelo transcurso do Dia do Bombeiro. Em continuidade, o Senhor Presidente, nos termos do artigo 190 do Regimento Interno, declarou empossado na Vereança o Suplente Heriberto Back e, informando que Sua Excelência já prestara compromisso legal nesta Legislatura, em razão do que ficava dispensada de repetí-lo, comunicou que passaria a integrar a Comissão de Justiça e Redação. Em prosseguimento, o Senhor Presidente tornou a conceder a palavra aos Oradores que falariam em nome da Casa em homenagem ao transcurso do Dia do Bombeiro. O Vereador Clóvis Ilgenfritz, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, destacou a importância do trabalho desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros, especialmente no que diz respeito à prevenção e à dedicação profissional dos componentes dessa Corporação. E propugnou pela realização de uma política integrada entre os Governos Federal, Estadual e Municipal para que o Corpo de Bombeiros seja dotado dos equipamentos de que necessita. E o Vereador Ervino Besson, em nome da Bancada do Partido Democrático Trabalhista, lembrando incêndio ocorrido nas Lojas Renner, testemunhou o heroísmo e a importância do trabalho do Corpo de Bombeiros. Relatou visita que fez a destacamento dessa Corporação e a falta de equipamentos de que se ressente. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao coronel PM Celso Souza Soares, que agradeceu à Casa as homenagens recebidas pelo transcurso do Dia do Bombeiro. A seguir, o Senhor Presidente agradeceu o comparecimento de todos e suspendeu os trabalhos da Sessão, por dois minutos, para a apresentação de despedidas. Às quinze horas e vinte minutos, constatada a inexistência de “quorum” para a continuidade da Sessão, o Senhor Presidente, declarando que recebia Requerimento verbal do Vereador João Dib, solicitando a retirada de Requerimento de autoria de Sua Excelência apresentado à Mesa, hoje, e convidando os Senhores Vereadores para Sessão Solene, a seguir, levantou os trabalhos e convocou os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Omar Ferri e secretariados pelos Vereadores Leão de Medeiros e Lauro Hagemann, o último como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Leão de Medeiros, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e por mim.

 

 

O SR. PRESIDENTE (Omar Ferri): Há “quorum”. Estão abertos os trabalhos desta Sessão.

Passamos às

COMUNICAÇÕES

 

 

O período de Comunicações no dia de hoje é destinado a homenagear o Dia do Bombeiro. A Mesa convida o Ver. Wilson Santos para que faça parte da Mesa, já que o mesmo é o proponente da homenagem. Estão presentes o Exmº Sr. Coronel PM Celso Souza Soares, Comandante do Corpo de Bombeiros da Capital, e o Exmº Sr. 1º Tenente Daltro Cairuga.

Falarão na homenagem o Ver. Wilson Santos, pelas Bancadas do PL, PDS, PTB, PCB e PSB; o Ver. Giovani Gregol, pelo PT; o Ver. Clóvis Brum, pelo PMDB; o Ver. Artur Zanella, pelo PFL; e o Ver. Elói Guimarães, pelo PDT. E, finalmente, a palavra será concedida ao Coronel PM Celso Souza Soares.

Com a palavra o Ver. Wilson Santos.

 

O SR. WILSON SANTOS: Exmº Sr. Ver. Omar Ferri, Presidente em exercício desta Casa; Ver. Leão de Medeiros, 1º Secretário; Coronel Celso Souza Soares, Comandante do Corpo de Bombeiros; 1º Tenente Daltro Cairuga; demais Vereadores, demais presentes, especialmente oficiais, sargentos e praças do Corpo de Bombeiros que aqui se fazem presentes, eu sou um legislador, nossa Bancada tem assento neste Parlamento e, hoje, eu tenho a honra de falar em nome do Partido Democrático Social, em nome do PTB, do Partido Comunista Brasileiro e do Socialista Brasileiro.

Tenho uma clara identificação com a segurança pública. Com dezesseis anos, ingressei na Brigada Militar, onde entreguei grande parte da minha vida nesta atividade profissional. Tive a satisfação, no período em que servi à Brigada Militar, de ter servido no Comando do Corpo de Bombeiros. E eu posso afirmar, sem nenhum medo de errar, que a sociedade só lembra-se do Corpo de Bombeiros nas grandes catástrofes. E, hoje, nós estamos dando um exemplo, a Casa do Povo de Porto Alegre, os Vereadores dão um exemplo de que nós temos que mudar este fato. Nós estamos numa Sessão Especial para homenagear a Semana da Prevenção, que se iniciou em 26 e termina no dia 02, exatamente no Dia do Bombeiro. Hoje, nós fazemos esta Sessão de conscientização da Semana da Prevenção e, fundamentalmente, ao Dia do Bombeiro. Seu Comandante, Coronel Celso, aqui está, com os demais representantes do Corpo de Bombeiros, para receber as nossas palavras. Eu tenho uma preocupação especial com a prevenção. No momento em que falhar a prevenção, uma família, várias famílias, o grupo social, a indústria, casas de comércio, enfim, ficam com a porta aberta para adentrar, enfim, o estado de infortúnio assola aquela família, grupo social ou entidade que se vê consumida pelo fogo. A missão do Corpo de Bombeiros, esses verdadeiros heróis, não está só na prevenção, que é uma missão, mas no combate ao incêndio, busca e salvamento e na execução das atividades de defesa civil.

Hoje, eu quero expressar uma preocupação: em todos os Municípios em que existe Corpo de Bombeiros, há uma participação efetiva dos Governos Municipais. Existe uma lei, existe a Lei nº 6.019 e, nessa Lei, depois de prever o que corre por conta do Estado - e por conta dele há a formação dos bombeiros, orientação, instrução, fornecimento de uniforme, pagamento de vencimentos, etc. -, prevê que ao Município cabe a aquisição e distribuição de material especializado e de consumo, incluindo veículos automotores e material de comunicação, de acordo com as normas técnicas baixadas pelos órgãos responsáveis, a aquisição de material especial de consumo, combustíveis, lubrificantes, cargas de extintores, construção e adaptação de novos quartéis, aquisição e conservação de material de alojamento e cozinha, etc. Agora, historicamente, Porto Alegre é omissa, é ausente na participação desta atividade vital para a sociedade.

Eu, inclusive, hoje, Sr. Comandante e senhores presentes, anuncio que estarei requerendo uma Comissão Especial para que este Parlamento possa fazer um trabalho de conscientização, para que essa histórica situação de ausência do Município seja repensada, que nós possamos dialogar com o Comando de Bombeiros e ver se na realidade o crescimento desta Cidade, a importância desta Cidade, a importância está de acordo com o crescimento do Corpo de Bombeiros. Parece que antevejo um descompasso, porque na Segurança Pública, esses dias, eu via o que tinha de efetivo, por exemplo, numa análise da Polícia Civil. A Polícia Civil tinha um efetivo “x” - isso eu falo, porque bombeiro também é segurança, apenas para fundamentar este raciocínio -, a Cidade cresceu, havia uma necessidade de aumento de delegacias, aumento de número de efetivos, mas, pasmem os senhores, em vez de crescer o efetivo, o número de delegacias, as delegacias ficaram quase estagnadas e o número de efetivo decresceu. E, certamente, nós vamos nos deparar com situação talvez estarrecedora com relação aos bombeiros.

É necessário que discutamos e trabalhemos em cima dessa situação para que nós possamos dar maior proteção à cidade de Porto Alegre. Eu cito como exemplo, um exemplo diferente do exemplo de Porto Alegre. Vamos apanhar, por exemplo, a cidade de Santa Cruz do Sul, que tem um Corpo de Bombeiros exemplar, onde existe convênio, existe auxílio e, recentemente, a Prefeitura Municipal de Santa Cruz Sul destinou para aquela estação de bombeiros uma escada mecânica no valor de 160 milhões de cruzeiros. Nós vamos ter que reestudar as dotações orçamentárias, verificar até as prioridades. Vamos ver se no Município, independente de todo esforço do Governo, se não estão sendo feitos gastos em alguma coisa que, não digo que seja supérfluo, mas em comparação com o Corpo de Bombeiros, se realmente não é supérfluo. Eu, em princípio, me proponho até a reexaminar a Taxa de Bombeiros. Eu tenho preocupações com a inconstitucionalidade. Eu tenho preocupação com a fúria tributária, com o aumento de taxas e impostos, mas vamos ver. Se não for esta a saída, nós encontraremos, certamente, outras saídas, o que não posso conceber é a ausência do Município numa área tão importante como a dos bombeiros.

E, finalmente, senhores e representante do Corpo dos Bombeiros, em meu nome, do PL, em nome do PDS, PDT, PCB e PSB, os nossos parabéns pela Semana de Prevenção e, fundamentalmente, os nossos parabéns pelo Dia dos Bombeiros. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa convida o Ver. Clovis Ilgenfritz, 2º Secretário, a ocupar o seu lugar na Mesa.

Com a palavra o Ver. Artur Zanella, falará pelo PFL.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, Sr. Coronel PM Celso Soares, Exmº Sr. 1º Tenente Daltro, senhores jornalistas, soldados, oficiais, sargentos, enfim, todos os integrantes do Corpo de Bombeiros, acho que hoje, senhores, além da homenagem, temos que discutir, efetivamente, o que o Corpo de Bombeiros faz por Porto Alegre e, principalmente, o que Porto Alegre faz pelo Corpo de Bombeiros.

Lembro-me que fui um dos únicos, senão o único, não lembro bem, quando foi aprovada a taxa de socorros públicos, em que a nossa Auditoria tinha dado um Parecer de que ela era inconstitucional, a vir a esta tribuna e dizer que talvez fosse, mas que eu preconizava e pedia a aprovação do Projeto, porque cairia sobre a cabeça de alguém se entrasse na Justiça para impedir aquela taxa. E entidades, firmas de Porto Alegre, efetivamente, entraram na Justiça, e empresas como a dela, especialmente, que é uma empresa modelo em prevenção de incêndio e entrou na Justiça... Depois, tivemos a votação de um outro tipo de tributo, no pior dia de votação, que era um dia, Sr. Comandante, em que esta Casa por umas questões internas nossas, estava dividida com a retirada política de um grande número de Vereadores que daquela forma protestava contra um fato político que ocorria, uma situação absolutamente normal e legítima do Poder Legislativo e, naquele momento, no meio de dez, quinze processos entrou este, quando nós praticamente tínhamos somente dezoito Vereadores em Plenário. E, efetivamente, talvez não fosse aquela a melhor solução, quem sabe se por linhas tortas se fez ali a Justiça.

Mas eu lembro, Sr. Comandante, a quem eu conheço há longo tempo suas qualidades, eu acompanho os bombeiros desde jovem, o Coronel Alcindo Marques, meu tio, foi comandante muitos e muitos anos dos bombeiros. Eu, jovem, no interior, visitava os bombeiros e via a precariedade de tudo. Depois, acompanhei, no tempo do Governo Triches, principalmente, e eu lembro de um comentário que me fez o Coronel Paixão, quando veio da Alemanha, de uma viagem que ele fez de treinamento, não sei se o Coronel Soares foi junto. Ele me dizia que visitou uma cidade na Alemanha com quinze a vinte mil habitantes que tinha mais equipamento de combate ao fogo do que todo o Rio Grande do Sul junto. Não fiquei tão envergonhado, porque sabia das precariedades, só não sabia que era tão precário assim.

Então, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu vejo com satisfação a posição do Ver. Wilson Santos, que fará uma Comissão Especial para tratar dessa questão. Vou encaminhar, Ver. Wilson Santos, o trabalho que estamos fazendo, porque V. Exª, tanto quanto eu, lutou contra essas questões do IPTU. Leio, hoje, nos jornais, que um dos critérios de cobrança do IPTU será por zona e creio, Ver. Wilson Santos, Srs. Vereadores do PT e do PCB, especialmente, que compõem esta Administração Municipal, que entre esses critérios se coloque um plus no IPTU para que esse recurso, efetivamente, reverta aos serviços de combate ao fogo. Votei contra, também - lembro-me de que naquela época a minha Bancada era mais numerosa -, quando se pretendeu encaminhar uma parte dessa verba à SMAM ou para partes integrantes da Prefeitura Municipal. Derrubamos aqui, na época, porque imaginávamos que a Prefeitura pudesse equipar suas Secretarias sem as verbas desta Casa e que se, eventualmente, numa negociação, for cobrado algo a mais no IPTU em função de segurança, evidentemente esta Casa deverá propiciar mecanismos para que não haja transferência de verbas que deveriam ser aplicadas nesses equipamentos.

Não sei, exatamente, agora, por exemplo, quantas escadas “Magirus” ou quantas escadas para o combate ao fogo estão em condições operacionais, em Porto Alegre, hoje. Não tenho idéia de quanto custa um equipamento desse porte, mas é evidente, para quem lê os jornais, que o Governo do Estado, que tem problemas para pagar sua folha de pagamentos, não vai investir dinheiro, neste momento, para compra de novos equipamentos, porque está sem condições, não consegue pagar as dívidas. Na verdade, não foi ele quem as contraiu, mas que não consegue, tem problemas para pagar os funcionários e tenho certeza de que também tem problemas para se reequipar. Então, Ver. Wilson Santos, Srs. Vereadores, senhores que estão neste Plenário neste momento, nós temos que pensar nisso com mais atenção. Não é possível que Porto Alegre não contribua com nada para o Corpo de Bombeiros; não é possível que um porto-alegrense, que, caso precise qualquer coisa, o primeiro lugar a que ele se dirige é ao Pronto Socorro e ao Corpo de Bombeiros, qualquer tipo de problema desta Cidade recai sobre essa corporação que, tenho certeza, deve estar necessitando de recursos.

E dizendo dessas dificuldades, Coronel Celso, faço a minha maior homenagem ao Corpo de Bombeiros. Nunca se ouviu, nesta Cidade, com toda essa precariedade de recursos, nenhuma queixa quanto ao atendimento dos soldados do Corpo de Bombeiros. O atendimento sempre foi cortês, prestativo, arrojado e corajoso. Se não têm equipamentos, eles se transformam e, com um trabalho sobre-humano, sempre conseguem fazer desta Cidade uma cidade mais segura. É por isso que eu fiz questão, hoje, de cumprimentá-lo, Coronel Celso, e cumprimentar todo esse grupo que há muitos e muitos anos é uma espécie de anjo da guarda de Porto Alegre, que muito lhes agradece neste momento. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa cumpre o seu dever de informar aos senhores presentes as disposições contidas no art. 190 do Regimento Interno: “Será convocado Suplente quando o Presidente exercer, por qualquer prazo, o cargo de Prefeito, exceto no recesso”. Razão por que fica convocado o Ver. Heriberto Back para tomar o seu assento junto à Bancada do PT, ficando dispensado de compromisso, porque S. Exª já prestou em outra oportunidade, passando o mesmo a integrar a CJR.

Com a palavra o Ver. Clovis Ilgenfritz, pelo PT.

 

O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Sr. Presidente, nobre Ver. Omar Ferri; Exmº Sr. Coronel PM Celso Souza Soares, Comandante do Corpo de Bombeiros; Exmº Sr. 1º Tenente Daltro Cairuga; Srs. Vereadores, pessoas que nos honram com a sua presença no Plenário, nós, a rigor, estamos, aqui, como Líder da Bancada do PT, substituindo o que seria o nosso orador, Giovani Gregol, que por motivos alheios não conseguiu chegar aqui. Então, o meu discurso é apenas para cumprir improvisadamente aquilo que eu tenho certeza que o Gregol faria com muito mais propriedade. Mas, de qualquer forma, não deixamos de comparecer a esta tribuna, falamos até com o Ver. Besson: “Quem sabe fala por nós. Não, mas nós queremos falar”.

E é por isso que vim aqui, para dizer que a Bancada do Partido dos Trabalhadores, e acho que posso falar a Administração Popular, tem acompanhado par e passo todos os problemas que acontecem e tem sido permanentemente, tem se colocado de uma forma positiva com relação ao Corpo de Bombeiros, como, de resto, à Brigada Militar e a outros setores que são da política estadual, mas que têm uma atuação muito grande na nossa Cidade, na Capital do Estado, que hoje está sendo governada pela Frente Popular, pela Administração Popular.

A importância do Corpo de Bombeiros, a importância do trabalho dos bombeiros, principalmente no trabalho preventivo, é, para nós, fundamental. Inclusive, há pouco tempo, eu tive oportunidade, como Secretário do Planejamento, no primeiro ano do Governo, e até estou cobrando isso do Prefeito Olívio Dutra, de fazer um encaminhamento que, no nosso entender, já deveria ter se consubstanciado, ainda não sei o que houve, era de instalar, não propriamente uma unidade, mas de instalar ali na esquina da Mauá com a Borges de Medeiros, em convênio com o INAMPS, que cedeu a área a uma guarnição, dois carros do Corpo de Bombeiros, sendo que um deles seria um carro ultramoderno, para atendimento imediato, transportar pessoas para o Pronto Socorro e assim por diante. Então, a nossa participação neste sentido é de alto interesse em resolver os problemas.

Também poderia dizer para os senhores que, ainda muito jovem, vivi a primeira experiência de saber da importância das instalações do Corpo de Bombeiros numa cidade do interior do Estado. Foi na década de 1950, meu pai era Prefeito de Ijuí e levou toda a família, num entusiasmo juvenil, para mostrar as instalações que ele havia conseguido. Aquilo passou para a Cidade uma imagem de segurança, quem sabe muito maior do que a instalação de um posto policial, porque a Cidade sentia toda a região sem proteção nenhuma; quando havia um incêndio, era uma verdadeira calamidade, as pessoas tinham que sair de balde na mão.

Então, temos uma consciência clara da importância que tem esse tipo de trabalho e da dedicação, da entrega da própria vida de muitos que a história está presenciando, está mostrando. Em Porto Alegre, já presenciamos atos de heroísmo do Corpo de Bombeiros, seus soldados, todos os setores. Então, para nós não resta dúvida que esta é uma homenagem mais do que justa e que foi muito bem lembrada pelo Ver. Wilson Santos, que nós, do PT, e todos os Vereadores, aprovamos por unanimidade.

Mas quero dizer, também, e não temos autoridade para falar em nome do Executivo, da importância com que nós vemos que o Governo do Estado e o Governo Federal comecem a olhar para a cidade de Porto Alegre com um pouco mais de cuidado. Acho que é importante que se tenha a participação do Município nesse assunto. mas não podemos aceitar que se transfiram, pouco a pouco, todos os encargos do Município e, de repente, os impostos que são destinados a um determinado tipo de serviço, como é o caso do IPTU, passem a fazer a divisão dessa arrecadação para outros serviços.

Quer dizer, é importante fazer uma política integrada entre Estado e Federação e isso está cada vez mais longe do nosso alcance. Eu acho que, mesmo que o Estado esteja numa situação difícil, ele não pode transferir responsabilidades de uma hora para outra para o Município que já assumiu responsabilidades muito além daquelas que ele pode cumprir. Porque é na Cidade que acontece a vida, é aí que acontece o descalabro das atuais políticas econômicas que têm sido muito ruins para a maioria do povo e têm causado esse processo de cinturões enormes de miséria. Nós somos contra isso, queremos corrigir esse tipo de processo, e ele não se corrige apenas através do Município, mas, sim, através de políticas integradas. Mas, aproveitamos para dar esse recado e deixar a nossa saudação, o nosso respeito ao Corpo de Bombeiros e em especial ao Coronel Celso e ao Tenente Daltro, que estão aqui representando essa brilhante corporação. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Ervino Besson, falará pela Bancada do PDT.

 

O SR. ERVINO BESSON: Exmº Sr. Ver. Omar Ferri, Presidente desta Casa; Exmº Sr. Coronel PM Celso Souza Soares, Comandante do Corpo de Bombeiros; Exmº Sr. 1º Tenente Daltro Cairuga; Srs. Vereadores, senhores sargentos, cabos e soldados, eu também falarei de improviso, conforme o colega Clovis Ilgenfritz, porque quem deveria falar era o companheiro Elói Guimarães, mas, por motivo de força maior, não pode estar presente. Quero agradecer ao Líder da minha Bancada por me conceder esta oportunidade de estar aqui nesta tribuna para homenagear o Corpo de Bombeiros. Coronel Celso Souza Soares, quis o destino, quando vim do interior do Estado, que eu viesse a assistir, talvez, a um dos mais trágicos incêndios aqui na cidade de Porto Alegre, o incêndio das Lojas Renner. Casualmente, naquele momento, eu estava nas imediações, assistimos, inclusive, à queda da irmã do nosso saudoso e querido Everaldo Marques da Silva. Naquele momento, os bombeiros chegavam ao local.

Tivemos a oportunidade, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, com lágrimas nos olhos, não somente este Vereador, mas muitas pessoas que se encontravam presentes, de assistir aos pedidos de socorro e àquela terrível tragédia. Mas a hora em que os bombeiros chegaram, parecia que aquela gente desesperada sentia um alívio. Ali, Tenente Cairuga, cabos e soldados da Brigada, acompanhamos o heroísmo e o trabalho do Corpo de Bombeiros. Quantas vidas foram salvas!

Eu recordo, ainda, Ver. Vicente Dutra, que nós também, na medida do possível, ajudamos naquela tragédia, onde um soldado, em certo momento, abraçou-se a este Vereador chorando e só conseguiu pronunciar estas palavras: “Cumpri com o meu dever”. Sujo, queimado. Acho que todos os senhores que acompanharam aquela tragédia sabem o que aconteceu naquele dia. E, inclusive, talvez a sociedade, a comunidade não saiba que os soldados que trabalharam naquela tragédia tiveram até problemas sérios de ordem emocional; eu sei, pois, com o passar do tempo, eu ainda conversei com um vizinho que residia na Zona Sul de Porto Alegre.

E, vejam, senhores, numa visita ao Corpo de Bombeiros, juntamente com a Comissão de Saúde da Câmara Municipal, em fins de 1988, ali pudemos constatar as dificuldades em que o nosso Corpo de Bombeiros se encontra, se encontrava naquela época, tenho certeza que se encontra até hoje. Inclusive, um caminhão, para atender um acidente, por exemplo, de uma carga tóxica, porque a Cidade não está livre disso, esse caminhão foi adaptado pelos próprios bombeiros, ele existe porque foi um caminhão adaptado pelos bombeiros. Quando entrou esse Projeto na Câmara para que os empregados pagassem, que eu acho que é uma taxa pequena, esse Projeto andava vagarosamente nesta Casa, eu e o Ver. Giovani Gregol, Presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, e mais o Ver. Vicente Dutra, que nos acompanhou, fomos numa visita à Prefeitura, para que esse Projeto, com a interferência do Executivo Municipal, tivesse um andamento mais rápido para que nós aprovássemos esse Projeto. De fato, o Projeto foi aprovado.

O Ver. Wilson Santos também colocou, aqui, na tribuna, a carga tributária, que os nossos empresários, hoje, estão saturados. V. Exª sabe que eu tenho uma grande ligação com os empresários da Zona Sul, porque era o meu ramo de vida. Mas, todos eles, unanimemente, quando receberam essa taxa de socorros públicos, alguns vieram conversar com este Vereador e eu expliquei para que era essa taxa, todos foram pagar a taxa sem nenhuma reclamação. Pagaram com muito gosto essa taxa, porque sabiam que esse dinheiro seria canalizado para o Corpo de Bombeiros da nossa Cidade. Essa taxa foi aprovada por esta Casa. Nós vimos, depois, que a Varig entrou na Justiça e, sabem os senhores, foi considerada essa taxa inconstitucional e, até, hoje, não sei como anda. Este tipo de coisa, senhoras e senhores, não dá para entender, porque é uma taxa tão insignificante para os empresários e para os bombeiros seria uma grande ajuda, porque sabemos a dificuldade em que se encontra hoje o Corpo de Bombeiros. Temos cidadezinhas do interior que têm mais condições, preparo e equipamentos do que a Capital do Estado do Rio Grande do Sul. Vejam os senhores, esperamos, Ver. Wilson Santos, que talvez consigamos aqui, nesta Casa, arranjar uma outra maneira para que estendêssemos a mão a esse órgão que é o Corpo de Bombeiros, pois sabemos o que ele representa para a cidade de Porto Alegre. Inclusive, agora me recordo que estivemos, naquela época, visitando o Corpo de Bombeiros e, se não me falha a memória, parece que ele tem oito escadas “Magirus” e só tinha uma funcionando. E nos disseram os companheiros da Brigada que lá estavam que se tivéssemos dois incêndios de grandes proporções em Porto Alegre, eles não teriam condições de atender.

Encerro, dizendo que foi uma enorme alegria para esta Casa, quero agradecer em especial ao Ver. Wilson Santos pela idéia de homenagear o Corpo de Bombeiros e deixar aqui o nosso abraço ao Coronel Celso Souza Soares, que o Senhor transmita a todos os seus subordinados. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: É com muito prazer que concedemos a palavra ao comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Celso Souza Soares.

 

O SR. CELSO SOUZA SOARES: Dr. Omar Ferri, Exmº Presidente desta Casa, em exercício, Ver. Wilson Santos, na pessoa de quem eu presto uma homenagem a todos os demais Vereadores, não só a eles, mas às Bancadas de todos os Partidos que têm assento nesta Casa. Venho aqui hoje com uma responsabilidade muito grande de agradecer em nome de três mil, duzentos e quarenta e cinco companheiros que se encontram distribuídos em quarenta e oito Municípios do Rio Grande do Sul. Responsabilidade difícil de ser desempenhada por alguém com tantas limitações. Responsabilidade maior do que essa, eu só recebi no momento em que o Sr. Comandante-Geral da Brigada Militar, Coronel Antônio Carlos Maciel Rodrigues, me convidou para ser o Comandante do Corpo de Bombeiros. E eu pedi a ele vinte e quatro horas para pensar, porque eu sabia que a responsabilidade era grande. Eu, que tinha trinta anos de serviço, que havia desenvolvido na corporação ou fora dela as mais diferentes funções, tinha sido bem-sucedido em todas elas, inclusive fora do Estado, uma vez que trabalhei na organização da Polícia Militar no norte do Amapá, lá, por dois anos, também fui bem-sucedido, estando eu com a possibilidade de me inativar, pensava que talvez não fosse o momento adequado para assumir um Corpo de Bombeiros que passava por uma série de dificuldades e achava que talvez a minha falta de capacidade não levasse à solução dos problemas que eram grandes. Após parar e pensar, por vinte e quatro horas, decidi aceitar o convite que me foi formulado, e passei a conviver com os problemas, que são grandes na Capital, menores um pouco, mas também grandes no interior, que dizem respeito à falta de equipamento de bombeiro.

Os nossos homens vêm, através de uma dedicação muito especial, superando a falta de equipamento, mas até quando? Até que momento nós vamos ter capacidade para superar a ausência do equipamento? Então, eu parei e pensei; o negócio é assumir o Corpo de Bombeiros e procurar transmitir aquela sinceridade de propósito, aquela pureza de intenção que vai, sem sombra de dúvida, convencer sobre a necessidade de, principalmente Porto Alegre, alcançar a mão e auxiliar o Corpo de Bombeiros. Nós, como disse, no interior do Estado, todos os Municípios vêm auxiliando. Não quero aqui trazer críticas, até porque ao Corpo de Bombeiros não cabe crítica a quem quer que seja. Acho que faltou mesmo foi capacidade nossa de convencer a comunidade para que nos auxiliasse mais. Eu agora acredito que vou contar com os Vereadores, independente de partido, para que nós possamos estudar e resolver de forma definitiva, dando ao bombeiro aquele presente que ele realmente quer, deseja e necessita, ou seja, ter aquele equipamento necessário para poder servir a comunidade.

O Governo Collares tem vários projetos para a área de bombeiros e, dentre eles, um que entendo de alta relevância, que é a dotação do Rio Grande do Sul de uma lei de prevenção e combate ao incêndio. O estudo que foi encaminhado pelo Comando da Brigada Militar, foi aprovado por S. Exª, e estamos dando o toque final para que seja encaminhado. É importantíssimo, temos que ter aquele instrumento tão necessário e indispensável para impedir que as marquises continuem caindo, que as casas com explosivos continuem fazendo vítimas, porque o bombeiro pode participar dessas atividades, não só dessas de prevenção, como também aquela que considero de extrema importância e que nós estamos prontos para assumir, que é o socorro público através das ambulâncias, precisamos de uma ambulância para salvar.

Existe um projeto no Ministério da Saúde onde está provado que 40% das pessoas que estão morrendo, em caso de acidente, poderiam deixar de perder a vida na medida em que fossem socorridos de forma oportuna e adequada. Dêem-nos uma ambulância que nós passaremos a salvar com mais eficiência; temos algumas, mas são poucas para aquilo que nos dispomos a realizar. Temos o número de homens necessários para desenvolver esse tipo de atividade durante as vinte e quatro horas, sábados e domingos, nos quarenta e oito Municípios onde temos bombeiros. Existe, também, como projeto do Governo Collares, aquele que diz respeito a dotar os pequenos Municípios de bombeiros voluntários, e é esta a forma encontrada pelo Comando da Brigada Militar, através de seu Corpo de Bombeiros, para que os trezentos e trinta e três Municípios tenham esse serviço tão essencial e importante que é o dos bombeiros. Dispomos-nos a treinar o bombeiro voluntário e dar aquela assistência necessária para que o pequeno Município tenha o seu Corpo de Bombeiros, com equipamento necessário para enfrentar o incêndio.

E também há um projeto que é o de reequipar o Corpo de Bombeiros, mas, convenhamos, Srs. Vereadores, como é que o Governador vai dotar de um carro de bombeiro em trezentos e trinta e seis Municípios? Para que os senhores tenham uma idéia, a necessidade mínima de Porto Alegre é de trinta e três carros; dentre esses carros, nós só temos duas escadas, onera e eleva recursos necessários para aquisição, isto dá em torno de um milhão e meio, isto para Porto Alegre, não estou falando nos demais Municípios.

Então, é necessária, é indispensável a participação do Município, eu até concordo com o Vereador que afirma que tem que ter a participação do Estado, mas tem que ter também a participação do Município, e até porque a lei estadual assim determina. Se nós achamos que a lei está errada, vamos ter que mudar, mas a lei diz que ao Estado cabe selecionar, recrutar, treinar e pagar mensalmente o homem; ao Município cabe a responsabilidade pela constituição do aquartelamento e pela aquisição do equipamento, inclusive a manutenção. Isto é o que diz a lei. E assim estão procedendo os demais Municípios.

O Vereador falava aqui de Santa Cruz, que nos deu uma escada, realmente deu. Quer dizer, Santa Cruz, hoje, incluindo Porto Alegre, é o melhor Município em matéria de bombeiros, tem excelentes equipamentos e uma rede de abastecimento muito boa. É que, também, não é só necessário o carro de bombeiro, nós também precisamos ter uma rede de abastecimento, se não nós vamos ter que começar construir os carros de bombeiros cada vez maiores para enfrentar o incêndio por falta de um hidrômetro que abasteça os nossos carros. O carro não precisa ser tão grande assim se tiverem um sistema de abastecimento eficiente, mas esse sistema de abastecimento tem que funcionar.

Eu não quero me alongar, mas quero aqui não perder este espaço que me foi proporcionado, este espaço de concitar os Srs. Vereadores, aqueles que estão presentes e também os que estão ausentes, para a importância de encontrarmos a solução para este enorme problema. Do incêndio aqui lembrado, da Renner, que me deixa preocupado, porque não sei bem qual seria o nosso desempenho se outro incêndio daquele tipo tivesse ocorrido. Escadas que foram faladas aqui, nós temos três. Recentemente, eu entrei quase em pânico, porque das três escadas, as nossas três estavam na oficina, indisponíveis. Hoje, graças a Deus, as três estão funcionando, eu rezo para que isto aconteça amanhã e como tenho um pouco de sorte - e dizem que o administrador tem que ter sorte -, acredito que vamos juntos encontrar a solução.

Quero aqui deixar claro que já houve manifestação do Sr. Prefeito Municipal em equacionar o problema e há o desejo do Governador de resolver. Nós temos a necessidade urgente de que seja resolvido. Então, vamos dar as mãos, esquecendo qualquer possibilidade de competência de “a” ou “b”, mas tentando fazer com que tenhamos a solução, para que o bombeiro consiga, não só fazer a sua parte de combate ao incêndio, estando equipado para isto, como também fazer a prevenção. Queremos sair dos quartéis e percorrer e estamos saindo. Recentemente, me ligaram de Santa Maria, onde está sendo feito, em caráter experimental, uma campanha exitosa onde os bombeiros, com auxílio do pessoal do policiamento, estão parando os carros e verificando as condições do seu equipamento indispensável, que é o extintor. Para ter uma idéia, em Santa Maria, nestes meses, ocorreram setenta e cinco sinistros em automóveis. Quer dizer, quanto patrimônio que se perdeu e, até, muitas vezes, a própria vida, porque as pessoas não sabem usar extintor. Tenho dito que, quando comprarem os carros, comprem o extintor junto, vejam se tem e em que condições está e onde está.

Então, isto está sendo feito, se der resultado lá, vamos fazer aqui e cada vez mais abrir os nossos quartéis para as pessoas irem para lá e terminarem aprendendo aquelas orientações que são tão essenciais para a prevenção. Acreditamos que vamos ter êxito e vamos tê-lo especialmente porque vamos contar com o apoio da população através dos seus representantes. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa agradece a presença nesta Casa do Coronel Celso Souza Soares, digno Comandante do Corpo de Bombeiros, e do 1º Tenente Daltro Cairuga. Louvo as palavras proferidas, foram para nós, Vereadores, sumamente esclarecedoras. A Sessão fica suspensa por três minutos para as devidas despedidas dos ilustres visitantes.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h18min.)

 

O SR. PRESIDENTE (às 15h20min): Declaro reabertos os trabalhos da presente Sessão

Consulto os Srs. Líderes presentes se desejam fazer uso do espaço de Liderança. (Pausa.) Como nenhum dos Srs. Vereadores presentes deseja falar em Liderança, mesmo porque não há “quorum”... Alguma objeção, Ver. Dib? Para que V. Exª veja os despropósitos e os paradoxos desta Casa. Como bem lembrava o Ver. Artur Zanella, ontem, surrealisticamente, a Sessão funcionou até as duas horas da manhã e hoje estamos sem “quorum” para funcionamento.

 

O SR. JOÃO DIB: Eu encaminhei à Mesa Requerimento reiterando a necessidade de Pedido de Informações. O Ofício já chegou, o anexo, não. Eu gostaria de retirar o Requerimento que coloquei.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa considera retirado o Requerimento apresentado por V. Exª.

Encerramos os trabalhos da presente Sessão e convidamos os Srs. Vereadores para a Sessão Solene de hoje, às dezessete horas, em homenagem aos noventa anos da Editora Vozes, a Requerimento do Ver. Antonio Hohlfeldt.

 

(Levanta-se a Sessão às 15h22mim.)

 

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